
Ainda na adolescência, o empresário Marcelo Batista ganhou o apelido de "Piquiras" (que é uma espécie de cavalo pequeno). Passadas algumas décadas, esse nome é uma das marcas mais conhecidas da capital. Tanto que, desde a primeira edição de VEJA Goiânia, o Piquiras vem sendo eleito o melhor restaurante da cidade. Nascido e criado aqui, Batista administrava um lava-rápido no qual servia espetinhos e cerveja. Não demorou muito para fazer uma clientela cativa, até que, em 1985, se bandeou de vez para a gastronomia e abriu o Piquiras da Avenida República do Líbano. Logo o ponto se tornou uma extensão do escritório de executivos, empresários, autoridades e artistas. Até hoje não é raro ver gente fechando negócios ou acordos políticos em suas mesas. Em 1993, Batista abriu outra unidade, ainda maior, no Setor Marista. Nas duas casas, o cardápio é o mesmo. Equilibra pratos da comida internacional com sabores regionais, em receitas de carnes, massas e peixes. Por causa dessa mescla, foi eleito pelo júri também como o melhor variado. Serve boas opções de salada, como a napolitana, com alface americana e crespa, queijo de cabra, figo, tomate seco, presunto cru e vinagre balsâmico. O foie gras no cerrado vem sobre um abacaxi caramelado com crostini trufado e molho de jabuticaba. Outra sugestão é o pennoni gigante ao semifreddo (medalhão de filé grelhado ao molho bechamel, com queijos Prima Donna e grana padano). Como sobremesa, o chef Lúcio da Fonseca indica o creme de manga, em que a fruta vai à mesa com sorvete de creme e licor. Para acompanhar os pratos, vale escolher um dos 300 rótulos da carta de vinhos. Na happy hour, o espaço externo de cada uma das casas ganha dois bares, dos quais saem impressionantes 20 000 litros de chope por mês, além de carnes grelhadas e tira-gostos como o pastel de carne com pequi. Esse cardápio mais informal faz da casa também o melhor lugar para petiscar na cidade, segundo o júri de VEJA Goiânia. $$$
André Barros

Da infância vivida em uma fazenda na região de Rio Verde,no interior do estado, André Barros traz na memória o cheiro dos pratos preparados no fogão a lenha.Naquela época, já ajudava a madrinha, uma banqueteira, a temperar receitas para ocasiões especiais. A decisão de iniciar-se profissionalmente na gastronomia seria uma questão de tempo. Nos anos 90, trabalhou em Boston, nos Estados Unidos, com Lydia Shire, chef de alguns dos mais famosos restaurantes locais, entre eles o Maison Robert e o Season's, do qual também foi restauratrice. De volta a Goiânia, Barros abriu uma escola de culinária e passou a prestar consultoria na área. Trabalhou no Naturale, atual Contemporane, e está há oito anos no restaurante do Country Club. Adepto do movimento slow food (expressão em inglês que se contrapõe à do fast-food, ou seja, cozinha rápida), destaca-se por criar receitas saudáveis. No cardápio da casa, introduziu pratos como o tomate assado recheado com camarão à provençal, o arroz integral com maçã verde e manjericão e o filé mignon grelhado ao molho pomodori com alecrim. Reformulou, também, o menu da rede Bapi, eleita nesta edição a que faz os melhores sucos da cidade. Para 2009, Barros tem planos de assumir o comando de outro restaurante. Mas sem largar a cozinha do Country nos fins de semana.
O melhor brasileiro
Chão Nativo I
Deparar com o banquete de pratos regionais servidos na casa é como fazer um passeio gastronômico pela culinária goiana transmitida há gerações. Entre os mais de sessenta pratos, estão clássicos da cultura do interior, como a guariroba, o frango caipira, a costelinha de porco, o empadão goiano, a paçoca de carne, a leitoa à pururuca, o angu de milho verde e o pequi. Algumas receitas resultaram de pesquisas sobre o modo de cozinhar dos tropeiros. É o caso da carne na lata, inspirado no costume dos aventureiros de conservar a carne em latas de banha para preservá-la durante suas jornadas pelos rincões do Brasil. O bufê (R$ 21,90 de segunda a sexta e R$ 23,90 aos sábados e domingos) tem pratos especiais nos fins de semana. No sábado serve pernil assado, feijoada completa, carne-de-sol com feijão verde e caranha assada. Aos domingos, há bacalhoada, vatapá de camarão e risoto de Goiás. Para a sobremesa são servidos doces caseiros, com destaque para o pé-de-moleque feito com rapadura. A casa ainda oferece quinze opções de licores. Os mais pedidos são o de pequi, de morango, de cravo e de jabuticaba. A valorização da cultura regional também fica clara na decoração. O ambiente é repleto de objetos que remetem às antigas fazendas. São lamparinas, máquina de costura, rádios, panelas de ferro, o fogão caipira onde são servidos os pratos quentes e até uma casa de joão-de-barro e um carro de boi. Uma lojinha do restaurante vende produtos como conservas e molhos de pimenta, cachaça artesanal e conserva da polpa do pequi. O Chão Nativo I foi eleito pelo júri de VEJA Goiânia o restaurante que serve a melhor comida brasileira da cidade.
Avenida República do Líbano, 1809, Setor Oeste, 3223-5396 (220 lugares). 11h/15h30 (seg. a sex.); e 11h/16h (sáb., dom. e feriados). Cc.: D, H, M, V e A. Cd.: M, R, C e V. Cr.: S e V. T.: C. Manobr. www.chaonativo1.com.br. Aberto em 1996.
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